| 
                   Foto e biografía: 
                  http://elias-blanco.blogspot.com/2012/01/omar-estrella-najera.html 
                    
                  OMAR  ESTRELLA 
                  (  Bolivia ) 
                  ( LA PAZ, 1908) 
                    
                  ESTRELLA NAJERA, Omar (La Paz, Bolívia, 1908).- Poeta. Ele  vive na Argentina desde sua juventude. 
                  Yolanda Bedregal o apresenta:  " Sua poesia é vital, otimista, combativa. /…/ Seu último livro  –Terruño Andino-   revela nostalgia pela terra de sua  infância". 
                  O poema 'El ayllu' diz: " Agora  eles subestimam seus simples benefícios / e jogam sua memória na lama do  escárnio, / mas você sempre vive na alma do índio / e seu esplendor lendário  ilumina seus sonhos. / E mesmo que sua origem estivesse ligada à da tribo,  / seu sistema alcançou esplendor na ordem / esbanjando sem taxa seus simples  benefícios / na paz e no trabalho comum dos homens". 
                    
                  LIVROS 
                  Poesia : Bússola (1928); Zodíaco do Homem (1960); Eternal  Highlands (1961); Arquitetura do sonho (1966); De  Éden e Êxodo (1973); terror andino (1973). 
                    
                    
                  TEXTO  EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm.   
                    Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  DESCUBRIMIENTO DEL SOLAR ANDINO 
                    
                  Cuántas veces, soñando, en el regazo 
                    maternal, con tus lares, tierra mía, 
                    allá, en país lejano, 
                    te hacía grande y próspera 
                    urbe gigante derramando dicha 
                    de espigas y cantares 
                    y hoy que llevo esta ansiedad más lejos 
                    héme aquí de improviso 
                    leyendo en el tablero 
                    de esta pobre estación de llanura 
                    tu tan querido nombre, pueblo mío. 
   
                    Estabas, pues, y hoy nazco nuevamente 
                    para tus campos donde espiga el trigo, 
                    y es como si otra vez mis ojos vieran 
                    bajo tu cielo, aquella luz primera. 
   
                    Perdido en lontananza un pobre rancho, 
                    quizás el mismo en que amaron la existencia 
                    dos seres, tierra mía, que conmigo 
                    se fueron para siempre hacia la pena. 
                    Y es ahora que llevo mi ansiedad más lejos 
                    que me has salido al paso de sorpresa 
                    y tan sola te encuentro y tan sin alma 
                    que a treinta y tantos soles de distancia 
                    lloran mis ojos lágrimas de infancia 
                    sobre tus huérfanos trigales amarillos. 
   
                    Lejos dejé las cumbres, vine solo; 
                    cerca del Illimani majestuoso 
                    una tumba dejé, la de mis padres 
                    muertos en el amor de las alturas… 
   
                    Tierra, y saberte mía 
                    y hallarte así, tan sola; vacío del corazón de otra  
                    esperanza; 
                    cargado de experiencia y desconsuelo 
                    puesto que allá, donde crecí añorando 
                    la canción milagrosa de tus mieses, 
                    yacen amores muertos. 
                    Te amo y me voy llorando 
                    de emoción por mi infancia 
                    frustrada del pasado y del presente, 
                    por mi niñez frustrada para siempre. 
   
                    Lloro por ti, mis padres, mis hermanos, 
                    por tus llanuras extensas y vacías, 
                    hoy que llevo mi ansiedad más lejos. 
                    Patria y hogar en alto, hacia la vida, 
                    Patria y hogar en alto, hasta la muerte! 
   
                    Tierra surgida en la ruta inexorable 
                    que encuentra el corazón en la llanura 
                    sin pasado, sin gloria, sin presente, 
                    sin canciones de paz y sin espigas. 
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução de ANTONIO MIRANDA 
                    
                  DESCOBRIMENTO DO SOLAR ANDINO 
                    
                  Quantas vezes, sonhando, no regaço 
                    maternal, com teus lares, terra minha, 
                    lá, em país distante, 
                    te fazia grande e próspera 
                    urbe gigante derramando felicidade 
                    de espigas e cantares 
                    e hoje que levo esta ansiedade mais longe 
                    eis-me aqui de improviso 
                    lendo no quadro 
                    desta pobre estação de planície 
                    teu tão querido nome, povo meu. 
   
                    Estavas, pois, e hoje eu nasço novamente 
                    para teus campos onde cresce o trigo, 
                    e é como se outra vez meus olhos vissem 
                    sob teu céu, aquela luz primeva. 
   
                    Perdido em distância um pobre rancho, 
                    talvez o mesmo em que amaram a existência 
                    dois seres, terra minha, que comigo 
                    se foram para sempre até a pena. 
                    E é agora que levo minha ansiedade mais longe 
                    que me saíste ao passo de surpresa 
                    e tão sozinha te encontro e tão sem alma 
                    que a trinta e tantos sóis de distância 
                    meus olhos choram lágrimas de infância 
                    sobre teus órfãos trigais amarelos. 
   
                    Longe deixei os cumes, vim sozinho; 
                    cerca do Illimani majestoso 
                    una tumba deixei, a de meus pais 
                    mortos no amor das alturas… 
   
                    Terra, e saber que és minha 
                    e encontrar-te assim, tão sozinha; vazio do coração de  
                    outra esperança;                                                   
                    pleno de experiência e desconsolo 
                    posto que lá, onde cresci ansiando 
                    a canção milagrosa de tuas colheitas, 
                    jazem amores mortos. 
                    Te amo e vou chorando 
                    de emoção por minha infância 
                    frustrada dos passado e do presente, 
                    por minha infância frustrada para sempre. 
   
                    Choro por vocês, meus pais, meus irmãos, 
                    por tuas planícies extensas e vazias, 
                    hoje que levo minha ansiedade mais longe. 
                    Pátria e lar elevados, para a vida, 
                    Pátria e lar nas alturas, até a morte! 
   
                    Terra surgida na rota inexorável  
                    que encontra o coração na planície 
                    sem passado, sem glória, sem presente, 
                    sem canções de paz e sem espigas. 
                    
                    
                  * 
                     
                    VEJA e LEIA outros poetas da BOLÍVIA em nosso Portal: 
   
                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2022 
                    
                
  |